Pelos trilhos da Suíça

por Cecília Padilha | Yes We Cook 

Viajar de trem pela Suíça é mandatório para uma experiência completa pelo país. O caminho até Interlaken, uma região cercada de montanhas e com lagos belíssimos, por

exemplo, beira o inacreditável. Difícil não despertar sentimentos que remetam a contode fadas, por mais clichê que possa parecer. E mais ainda, de querer voltar ao país, muitas e muitas vezes.

O trajeto até Interlaken está na rota de quem quer chegar a Grindewald, pequena cidade também de paisagens estonteantes e esportes variados durante todo o ano. Além de ski e demais esportes de inverno, por lá também é possível alugar patinetes (para adultos), andar de tirolesa ou pilotar um carrinho sem pedal impulsionado pela inclinação da montanha apenas nas outras estações do ano.

O que tem de tão especial? A belíssima paisagem de montanhas com neve, mesmo durante estações mais quentes, cercando os pastos verdes e repletos de pequenas flores amarelas na meia estação, incluindo as típicas vacas suíças com sinos pendurados no pescoço. É uma experiência imperdível na região! Estando por lá, vale hospedar-se no Romantik Hotel Schweizerhof e também contemplar a belíssima paisagem de montanhas da janela do quarto e um café da manhã muito farto e com muitas comidas típicas da região. Gruyères também é belíssima! São muitos os produtores do queijo com denominação de origem que garantem uma receita de fondue única, sem amido de milho para dar a consistência como em outras regiões da Suíça: lá, é feito com 50% de queijo gruyères e 50% de queijo vacherin, junto com um pouco de vinho branco e nada mais.

O segredo como em qualquer boa receita é a qualidade e a origem do ingrediente, que passa por um rigoroso processo de qualidade para se receber o selo. Estando por lá, dois pratos são imperdíveis: a fondue preparada à moda típica da região, acompanhada de batatas, picles de pepino e de cebolinhas; e de sobremesa os merengues acompanhados de double cream, um creme fresco que não pode ser exportado devido ao seu curto prazo de validade. É, sem dúvidas, uma sobremesa que fica para sempre na memória (e que acaba se tornando um excelente argumento para se retornar à cidade). Visitar a pequena vila Gruyère é parada obrigatória.

Foi lá que HR Giger, o criador dos personagens do filme Alien, resolveu desenvolver um bar temático com seu nome que mescla o esqueleto humano a máquinas, bem como um museu. Imperdível tomar um drink por lá. Uma visita ao castelo medieval da cidade também é recomendada e garante a vista da paisagem belíssima. E, dependendo da estação do ano, pode-se ter a sorte de aproveitar a paisagem e o bem cuidado jardim florido. Outra região que vale ser conhecida é a de Lucern, com sua ponte medieval de

madeira, datada de 1365, símbolo da cidade com pinturas do século XVII. São muitas as opções gastronômicas – do mundo inteiro, aliás. Uma boa pedida é apreciar pratos locais, como linguiça, fondue e raclete, da varanda do restaurante Zunfthaus Pfistern. Além de uma inesquecível experiência, o local rende também belas fotos com a icônica ponte ao fundo.  Estando na região, vale ainda subir ao mirante Stanserhorn (e torcer para que não seja um dia nublado). Além de algumas opções de restaurantes, que vão desde lanche a menu degustação em algumas noites, é possível ter uma vista panorâmica de toda a região.

Próximo, também fica a escola de culinária Culinarium Alpinum, construída dentro de um convento. Não é necessário fazer aula para provar algum dos pratos cheios de PANCs suíças retiradas de sua própria horta. As aulas são em alemão, porém para grupos fechados é possível solicitar que sejam feitas em inglês. Para hospedar-se, o hotel Montana Art Deco é uma excelente opção e fica em localização central e no alto de uma montanha, o que faz com que a vista dos quartos de frente para o lago seja espetacular. Sentar-se na varanda em um fim de tarde com uma taça de vinho é imperdível quando se está por lá. Vale também degustar uma refeição em seu restaurante, comandado pelo chef Johan Breedijk. O hotel conta com seu próprio trem funicular para que os hóspedes tenham acesso direto da rua às suas dependências no alto da montanha. Uma viagem à Suíça é sempre sinônimo de um “até breve”. Afinal, mesmo depois de conhecer todas as regiões, a vontade é de retornar muitas e muitas vezes.

 

 

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