O QUE HÁ DE NOVO NA CIRURGIA DE FACE – POR PROF.DR. RODRIGO GIMENEZ

Hoje vamos abordar um dos temas mais delicados da cirurgia plástica, a cirurgia da face. Digo delicado por ser uma cirurgia tecnicamente minuciosa e estar localizada na região mais visível e exposta do nosso corpo, a face.

A cirurgia de rejuvenescimento facial é uma das cirurgias mais procuradas na nossa clínica e essa cirurgia evoluiu muito nos últimos anos, com novas técnicas proporcionando resultados cada vez mais naturais e duradouros.

As técnicas mais antigas consistiam em descolar a pele do rosto e simplesmente puxar, deixando toda a responsabilidade dos resultados somente na pele, que é uma estrutura muito elástica fazendo com que os resultados se perdessem em poucos meses, além de oferecer a aparência de pele esticada e pouco natural. Com as técnicas mais modernas passamos então a trabalhar estruturas profundas da face, fazendo com que a pele servisse somente como um revestimento superficial, ou seja, devolvendo à pele a sua real função.

As técnicas foram então evoluindo com o tempo e hoje realizamos a técnica mais moderna, que é o Deep Plane Facelift, ou cirurgia da face e pescoço abordando estruturas profundas. Com o Deep Dlane Facelift nós conseguimos tracionar diretamente as estruturas que dão origem à aparência externa do envelhecimento, e o excesso de pele é removido de forma a não ter função de sustentação da cirurgia. As incisões (cortes) são realizas em locais escondidos e sulcos naturais, diferentes do que se fazia anteriormente, não sendo mais alterada a posição do cabelo.
Além do Deep Plane, passamos a dar mais atenção ao pescoço, que invariavelmente deve ser abordado conjuntamente à cirurgia da face. A imensa maioria das pacientes são submetidas a um pequeno corte abaixo no queixo, com cerca de 3 cm, que nos proporciona a entrada para tratarmos todas as estruturas alteradas com o envelhecimento do pescoço. Lipoaspiração do pescoço não é mais realizada há um bom tempo, salvo em casos muito especiais com indicações precisas.

Outra região que recebe muita atenção atualmente é a região da fronte (testa) e as duas regiões laterais à mesma, as regiões temporais. A queda da fronte é a responsável pela queda das sobrancelhas e pelo excesso de pele nas pálpebras superiores. Muitas vezes, com a correção da fronte não mais indicamos a cirurgia das pálpebras, tratando o problema em sua origem. A fronte pode ser tratada de várias formas, com incisões diretas ou através de endoscopia, proporcionando um olhar mais jovem e descansado de forma natural.
Mais um dado, a distância entre a base do nariz e os lábios sofrem alongamento com o processo de envelhecimento, portanto também são encurtados com frequência na cirurgia do lifting facial moderno.

Para complementar vamos falar de segurança. A formação de hematomas é uma das complicações e incômodos mais frequentes da cirurgia de face. Atualmente uma grande parte das nossas pacientes utilizam a Rede Hemostática na face por 48 horas após a cirurgia, que são uns pontos dados externamente, parecendo realmente uma rede, que não deixa o hematoma se formar, realmente um grande avanço.

É bom lembrar que de nada adianta uma cirurgia bem realizada se a qualidade da pele não for abordada, melhorando textura, rugas e manchas, portanto todas as pacientes recebem um protocolo dermatológico de impacto tanto no pré quanto no período de pós operatório para manutenção. Pouco indicamos preenchimentos faciais porque na cirurgia a maioria dos pacientes recebem enxertos da própria gordura, que são os melhores preenchedores que existe e são repletos de células tronco que auxiliam também no rejuvenescimento da e na aparência jovem da pele.Muito resumidamente este é o panorama atual, cheio de artifícios técnicos e avanços reais que nos possibilitam oferecer cada vez mais qualidade aos nossos pacientes.

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