Cruelty-free: Entenda a importância do termo e como empresas brasileiras terão que abolir testes em animais até 2025

Especialistas da Felps Professional, marca nacional de cosméticos capilares que recebeu o selo “Livre de Crueldade Animal” da ONG norte-americana PeTA, explicam a importância da nova lei no país, como isso afeta os consumidores e como evitar cair em fraudes 

Em março deste ano, o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (CONCEA), proibiu o uso de animais vertebrados – entre eles ratos, coelhos e cachorros – para testes de desenvolvimento de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes no Brasil. A resolução coloca fim em experimentos, raiz de indignação por parte de diversos ativistas e causas sociais, de ingredientes e compostos já conhecidos pela indústria. A luta contra os testes realizados em animais dura mais de vinte anos no país, que se une a União Europeia, Coreia do Sul, Israel, Nova Zelândia, Índia e outras nações que já seguem a legislação que apoia a causa.

Para o consumidor, a determinação chega para suprir um desejo que vem sendo demonstrado há anos no mercado. O termo cruelty-free – “crueldade livre”, em português -, por exemplo, surgiu antes mesmo dos anos 80, quando a exploração animal durante o processo de produção dos itens comercializados já era assunto em pauta. Entretanto, para os engajados e a favor da causa, é importante saber quais são as informações e histórico de cada marca disponível para fazer escolhas assertivas e não cair no Greenwashing – “lavagem verde”, em português -, termo criado para falar de empresas e indústrias que utilizam de propagandas sustentáveis e ativistas como estratégia de marketing que não se sustentam na prática.

“O consumidor final hoje é muito mais questionador e já procurava há tempos por marcas que se posicionem sobre as questões que para ela são caras. Ser cruelty-free é fundamental no setor de cosméticos e isso não deve ser tratado como uma oportunidade de marketing, precisa estar no DNA das empresas”, explica Rodrigo Freitas, gerente de marketing da Felps Professional, marca brasileira de tratamentos capilares para profissionais e consumidores que buscam alta performance. A brand, que é um dos destaques em vendas internacionais ao exportar 180 produtos anualmente para mais de 54 nacionalidades, recebeu recentemente o selo “Livre de Crueldade Animal” da ONG norte-americana PeTA (“People for the Ethical Treatment of Animals”- em português: Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais).

“Diferente do símbolo padronizado inserido nas embalagens para que os consumidores saibam que o produto não é testado em animais – a imagem de um coelho – o selo PeTA traz credibilidade e garante para todas as nações a responsabilidade da marca, já que estamos falando da maior organização de direitos dos animais do mundo”, salienta Leticia Piria, gestora de Qualidade e P&D da Felps Professional. É ela quem acompanha todo o processo de testagem de produtos e garante que são realizados através de procedimentos técnicos em laboratórios, e não através de testes em animais, diretriz seguida pela instituição desde sua fundação, em 2014, e que atesta sua conquista, recebida em maio deste ano. “A utilização de bichos é um protocolo absurdo que causa dor, cegueira, convulsões, queimaduras, hemorragias e até o óbito do animal sem qualquer necessidade”, salienta.

Por meio de trabalhos de investigação completos, a PeTA reúne membros das comunidades científicas, corporativas e legislativas ao redor do mundo para alcançar mudanças em larga escala e de longo prazo que melhoram a qualidade de vida dos animais e evitam suas mortes. “Para nós é motivo de honra estar listado entre as empresas ativistas nessa causa. Vemos com tristeza e preocupação que marcas de alto consumo, inclusive multinacionais, ainda realizam testes em animais. O Brasil está muito atrasado e demorou para arregaçar as mangas. Não realizar testes animais é uma obrigação, não deveria ser apenas um diferencial”, defende Rodrigo.

Para saber se a marca que está consumindo diariamente não realiza ações que vão contra princípios e ideais defendidos, basta conferir a embalagem dos produtos. “As instituições são obrigadas a incluir todas as informações em seus rótulos. Assim, quando se vê um coelho estampado é certo que está adquirindo um produto livre de crueldade animal. Estampas que mostram que a embalagem é reciclável e o produto é vegano também podem ser facilmente encontradas. Os antecedentes e selos conquistados pelas marcas também garantem o seguimento do protocolo oferecido”, finaliza Leticia.

Segundo o CONCEA, as empresas que não seguem as diretrizes têm dois anos para adotar as políticas e medidas alternativas. A penalidade para quem desrespeitar a lei ainda não foi divulgada.

Para os interessados, a Felps Professional está presente nas principais perfumarias, atacados, farmácias e em todo o varejo especializado, físico ou online, do Brasil, e conta com um portfólio extenso de produtos desenvolvidos para todos os tipos de cabelos e tratamentos necessários, com foco no preço justo, para inspirar beleza para todos os públicos e democratizar linhas profissionais, que podem ser usadas em salão e mantidas em casa, com segurança, praticidade e custo-benefício.

 

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